reprimia violentamente, reprimia e sofria. Tinha verdadeiro pavor que
alguém desconfiasse desses sentimentos, sejam os amigos ou a
família. Tinha muita vergonha e convivia com esse sentimento preso
no canto mais obscuro de seu cérebro.
Seu pai, quem não chegou a conhecer bem, faleceu quando tinha cinco
anos e quando completou 12 anos sua mãe resolveu casar-se outra vez.
Seu padrasto era um homem alto, forte, muito peludo e muito rude
também, quando estavam sozinhos nunca perdia uma oportunidade de
humilhá-lo. O repreendia por tudo. Nunca conseguia dizer uma
palavra de carinho sequer.
Por muito tempo José Márcio teve verdadeira aversão pelo padrasto.
Essa aversão foi dissipando-se quando José começou a reparar no
físico do padrasto, e sem que ele percebesse, José passou a vigiá-lo
para em algum momento vê-lo nu, o que aconteceu por várias vezes. Um
dia estava no banheiro escovando os dentes, só de cueca, quando seu
padrasto entra no banheiro para uma ducha, com a desculpa de que o
banheiro da suíte não estava funcionando. Por uns segundos, ao passar
por José ele sentiu por segundos que seu padrasto, ao passar, roçou a
rola grande e flácida, macia em sua bunda. José Márcio, quis morrer,
sentiu uma sensação gostosa, mesmo que por uns míseros segundos.
Apressou sua escovação e foi arrumar-se para escola. Aquele leve
toque não saia de sua mente.
Outro dia, inadvertidamente, José entrou no quarto do casal e lá
estava ele, completamente nu, José pediu desculpas, pegou um frasco
qualquer no banheiro e desconcertado retirou-se imediatamente, jamais
esquecendo aquela visão. Aquele homem forte de 1,80 m, peludo, uma
rola grande, grossa com uma cabeçona imensa sob o prepúcio. Um saco
bonito, grande. Por isso o volume interessante que sempre fazia na
calça. José muitas vezes só conseguia dormir depois de masturbar-se
pensando naquele homem penetrando ele, beijando-o, sentindo aquele
monte de pelos sobre seu corpo. Imaginando-se rebolando com aquela
piroca dentro dele. Masturbava-se e depois rezava, pedindo perdão a
Deus pelo pecado imenso de desejar o padrasto.
Certa vez a mãe foi visitar um parente no interior num fim de semana.
José ficou sozinho com o padrasto. No Sábado à noite ficou vendo
televisão com o padrasto e acabou dormindo sentado no sofá, com o
sono foi reclinando-se aos poucos até sua cabeça sustentar-se no obro
do padrasto, que o acomodou em seu colo como um travesseiro. Vendo
que o menino ressonava forte, o padrasto acomodou confortavelmente a
cabeça do guri em seu colo. José ficou assim dormindo. O padrasto,
por sua vez, começou a ficar excitado, seu pau começou a enrijecer
sob a cabeça do enteado. Com muito cuidado o padrasto subiu o short
deixando um pouco do pau pra fora e gentilmente foi acomodando a boca
do enteado na cabeça do seu pau. Quanto mais sentia a respiração
quente do enteado mais excitado ficava, abriu os lábios do rapaz e
encaixou sua rola, aos poucos foi sentindo que o rapaz babava em sua
rola, mas continuava dormindo. Tentou introduzir o pau na boca do
menino e quando viu que isso o acordaria, desistiu tirou a cabeça do
garoto de seu colo acordando-o e mandou-o para cama. Foi para o seu
quarto e matou sua excitação com uma bela punheta imaginando o
enteado sugando sua rola. E imaginando-o arrebentando as pregas do
guri.
José Márcio foi para a cama sentindo um gosto estranho na boca, mas
não deu importância. Se soubesse o que tinha ocorrido talvez se
matasse de tanto se masturbar.
No dia seguinte, Domingo, José Márcio saiu cedo, para passear de
bicicleta no parque. Tinha muito medo de ficar com o padrasto tanto
tempo sozinho sem cair na tentação e fazer algo que pudesse
arrepender-se, mas notou que o padrasto estava estranhamente gentil
com ele... Próximo ao meio dia chegou em casa e ele já tinha
providenciado comida pronta para os dois. Gentileza incomum. Não
conversaram muito e logo depois do almoço José foi para seu quarto,
tomou um bom banho e deitou-se nuzinho em sua cama, com a bunda
lisinha para cima.
Algum tempo depois, o padrasto, entediado, resolveu ir até o menino
em seu quarto, não bateu na porta e entrou sorrateiramente. A visão
daquele rapazinho de 17 anos deitado, indefeso, completamente nu com
aquela bundinha maravilhosa acendeu fantasias em sua mente. Aproximou-
se e sentou ao lado, na cama, admirando o enteado. Com cuidado
começou a alisar a bunda do rapaz ao tempo em que cada vez mais
ficava excitado. Neste momento José Márcio despertou, sentindo o
carinho do padrasto, mas não fez nenhum movimento, continuou imóvel
sentindo as caricias que o outro fazia e ficou inerte sem saber o que
fazer. Sentiu o padrasto inclinando-se para sua cabeça e ao seu
ouvido cochichou; "Sei que está acordado, não precisa fingir..." José
Márcio virou-se para o padrasto denunciando sua excitação com o
cacete em riste, o padrasto forçou sua boca até o cacete imenso que
José abocanhou timidamente.
gostoso..." José tentava chupar a rola do padrasto que produzia
ritmos violentos fazendo-o ter espasmos de vômito, não conseguia
alojar todo o cacete em sua boca, era muito grande. Em dado momento
José foi forçado e colocado com a bunda empinada e bem lubrificado o
reguinho com cuspe o padrasto foi esfregando sua pica e forçando a
entrada no cuzinho virgem do enteado e ao mesmo tempo mordia forte as
coistas do rapaz. José tentava livrar-se, não estava agüentando a
penetração e reunia forças para impedir o ímpeto do padrasto, era em
vão. "Agüenta firme ai veadinho, vou te comer nem que tenha que
arrebentar esse anelzinho todo" José apavorou-se com isso e tentava
livrar-se da intenção do padrasto, em vão. Estava confuso. Sentia
muita dor, aversão, mas sentia prazer, um prazer quase
masoquista "Relaxe, vai ser melhor, vai doer menos... seu safado,
sei que você sempre quis isso, faz tempo que venho te observando..
José já não tinha mais forças e começou a chorar de dor e de
vergonha, não estava tendo uma relação, estava sendo estuprado,
sentiu que o caralho imenso de seu padrasto abria caminho em seu
cuzinho, sentia a força que ele fazia, sentia que estava sendo
rasgado, sentia muita, muita dor, chorava em soluços... O padrasto
forçava violentamente até que conseguiu penetrar o cuzinho do enteado
que gritou abafado e em espasmos, parecia que estava recebendo uma
estaca no cu, tanta dor sentia. Cada estocada daquela rola enorme era
como uma facada, não conseguia mais reagir, isso durou uma eternidade
até seu padrasto estourar jatos de porra em suas entranhas retirando-
se quase que imediatamente do seu quarto.
José Márcio ficou ainda algum tempo inerte, deitado em sua cama, já
estava mais calmo mas ainda sentindo muita dor quando o padrasto
entrou no quarto outra vez e com um tom ameaçador decretou: "limpe
tudo muito bem para que sua mãe não desconfie, se você fizer a
besteira de dizer alguma coisa eu mato você e ela"
O padrasto era policial, estava muito tempo na corporação, e tinha a
patente de Major. Era muito violento em casa tanto com a mulher como
com o enteado. Mas isso só na intimidade. Frente a outras pessoas,
aos amigos da polícia, representava o papel de marido e pai perfeito.
José começou a nutrir um ódio extraordinário pelo padrasto,
estranhamente continuava desejando-o, mas nunca transpareceu isso
para sua mãe. Sua mãe uma verdadeira Amélia. Era enfermeira do
Hospital das clínicas e fazia intermináveis plantões para cobrir as
despesas do filho com escola, material, roupas etc. Não queria que o
filho trabalhasse enquanto não terminasse a faculdade de medicina e
ai sim, poderia ter independência financeira e deixar aquele inferno
onde ele colocou ambos. Era conformada com a situação e comportamento
do marido, sentia-se muito culpada pela indiferença e pela humilhação
que sempre fazia o filho passar.
Depois do estupro, o padrasto passou a procurar mais José, toda vez
era como se fosse a primeira, sempre sentia-se estuprado, não lograva
sentir um prazer pleno. Sua atração por homens aos poucos foi
transformando-
colegas, de tudo... Começou a criar um mundo só para ele onde tudo
era maravilhoso.
Fez amizade com um professor da faculdade, que o ajudou muito a
superar, pelo menos intimamente, seus problemas. Só não conseguia
livrar-se do ódio que nutria pelo padrasto. Passou a sair
regularmente com o professor e aos poucos foi apaixonando-
mas não uma paixão por sexo como o padrasto, necessitava carinho,
necessitava sentir prazer sem ser molestado, sem ser humilhado, sem
ser estuprado a cada relação sexual.
Um dia, já estava no terceiro ano de medicina, saiu com o professor.
Homem de estatura mediana, cabelos negros, olhos pretos, sempre a
barba por fazer, corpo normal, nem gordo nem magro. Foram caminhar no
Ibirapuera e colocar os assuntos em dia. Joshua nunca revelou ao
professor, seu melhor amigo, o que acontecia em casa. Mas o professor
sentia a carência latente naquele jovem, sentia a fragilidade e
insegurança e a tristeza constante. Caminharam muito, os dois falando
quase que simultaneamente de questões médicas. Pararam num barzinho e
pediram sucos. O professor discretamente, segurou sua mão, apertou-a
e disse "Gostaria muito que você saísse comigo para momentos de
intimidade, homem com homem, sabe que sou perdidamente apaixonado por
você e isso já dura três anos. Vivemos e convivemos na escola, no
hospital, nos fins de semana, e nunca aconteceu nada, nunca tive
coragem e se eu for esperar por sua coragem, vamos envelhecer assim
dois amigos que escondem sentimentos um para o outro.
José Márcio avaliou bem aquela proposta ou aquele desabafo de seu
amigo professor "Meu amigo, você sabe que te quero muito bem, gosto
de estar contigo, mas tenho medo de magoar-te ou não satisfazê-lo" o
professor replicou, como pode fazer esse juízo ou estabelecer este
pré-conceito do que possa ou não acontecer se não tentamos?"José
Márcio pensou um pouco e disse, "Está bem, o que você sugere?".
O apartamento do professor era bem aconchegante, uma decoração
simples e de bom gosto, e uma vista que pegava todo o Vale do
Anhagabaú, José sentou-se enquanto o professor preparava um drink, um
Campari Bitter. Repousou seu copo sob a mesinha ao lado do sofá e
chamou o professor para sentar-se com ele. Uma música ao longe
chegava até o apartamento, talvez um vizinho, certamente alemão ouvia
repetidamente: "Schon rief der Posten, Sie blasen Zapfenstreich. Das
kann drei Tagen kosten. Kam'rad, ich komm sogleich. Da sagten wir auf
Wiedersenhen. Wie gerne wollt ich mit dir geh'n. Mit dir Lili
Marleen…"
José tentou cantarolar um pouco " Vor der kaserne. Vor dem groβen
Tor..." O professor chegou-se mais perto e disse "Meu vizinho é
alemão, vive tocando isso..." "Essa canção é linda, murmurou José,
ela tem uma capacidade estranha de me dar forças...". O professor
Apertou a mão dele e seguiu abraçando-o fazendo como se os corpos
estivessem unidos, colando um no outro, beijando carinhosamente os
olhos do rapaz, a nuca, os lábios o pescoço. José começou a reagir e
retribuir os carinhos facilitando a retirada da roupa.. Em pouco
tempo ambos estavam nus, deixando o sofá desconfortável,
engalfinhando-
mestre em carícias, José nunca imaginou que fosse tão gostoso, estava
sendo todo lambido magistralmente.
"O que aconteceu contigo?" Perguntou o professor paralisando as
carícias. "Você está cheio de hematomas nas costas..." José ficou
mudo, não queria contar do padrasto e dos maus tratos. Contou algo
sobre um assalto e o tombo que levou na rua em conseqüência disso, um
relato inverossímil que o professor aceitou, mas não engoliu.
Continuaram as carícias. O professor abocanhou a rola de Joshua mamou
até que sentiu os jatos de esperma em sua boca, que fez escorrer pelo
peito de joshua. Joshua mordiscava os mamilos do professor que
esfregava o pau em sua virilha até gozar abundantemente em sua
barriga. Ambos descansaram uns minutos e o professor conduziu-o até o
banheiro onde ao banho continuaram as carícias até gozarem outra vez,
sem penetração, o professor não queria forçar a barra.
De volta a sala, já recompostos e arrumados, tomaram mais um bitter e
José como tinha que chegar cedo em casa naquele dia, despediu-se do
professor com um caloroso beijo confirmando que estava realmente
apaixonado e verdadeiramente era correspondido.
seguiu para casa pensando. Dependia financeiramente do padrasto,
tanto ele como sua mãe, que ganhava um salário miserável no hospital.
Mas pretendia, de alguma forma por fim aquela situação. Só não sabia
como. Vivia na berlinda. Terminar a faculdade, arrumar um emprego,
sair de casa e levar a mãe consigo, mas isso iria demorar algum tempo
ainda. Não sabia se teria forças para agüentar o padrasto por tanto
tempo, abusando dele, humilhando ele e a mãe. Muitas vezes o padrasto
depois de uma relação sempre violenta, mijava nele ou fazia ele beber
o mijo... Recebia muita porrada em lugares que a roupa cobria, o
padrasto gostava especialmente de trabalhar com o cacetete, enfiando-
o em seu cu, gostava de morder violentamente a sua bunda e sentia
prazer toda vez que enterrava o caralho de uma vez só...
Do Sumaré até em casa não era longe, morava num apartamento no
primeiro andar na Rua Marquês do Itu, no centro de São Paulo. No
trajeto pensou muito na vida sem graça que levava com a mãe, no
sujeito sem graça que se achava...
Chegando em casa, seu padrasto estava no sofá lendo um jornal, foi a
cozinha. Na geladeira tinha um bilhete da mãe que dizia: "Jo, deixei
o pernil descongelando na pia. Vou chegar pelas 9.00 hs, se já
estiver bom, coloque-o no forno para assar. Já é pré-cozido. Deixe
por 1 hora no forno, quando chegar jantamos juntos. Se seu pai for
sair avise a ele que está tudo pronto, se ele quiser jantar antes.
Bjs. Alicia".
José voltou a sala e sentou-se na poltrona. O padrasto abaixou o
jornal e disse da maneira brusca e peculiar de sempre: "Vou separar-
me de sua mãe... Semana que vem já não estarei mais aqui. Já
consultei o advogado e não preciso pagar pensão. Ela trabalha, e você
também pode trabalhar, fazer algum bico. Mas claro que de vez em
quando vou vir aqui para comer seu rabinho gostoso, você queira ou
não."
José ficou perplexo. Sabia que seu padrasto tinha umas mulheres com
quem saia vez ou outra, mas nunca imaginou a possibilidade de ele
separar-se e deixá-los assim, sem nada. Calmamente, olhou para o
padrasto, assentiu com a cabeça e voltou para a cozinha, tomou um
copo d'água, olhou para o pernil em cima da pia. Comprimiu o pernil
com os dedos. "Ainda está congelado, pensou". Segurou o pernil na
parte mais fina com as duas mãos, sem fazer barulho dirigiu-se a
sala, lá estava o ser desprezível, sentado, o jornal no chão,
cochilando. José chegou sorrateiramente por trás, ergueu o pernil
para o alto e com toda a força que tinha golpeou a cabeça do
padrasto. Olhou bem, viu que o padrasto ficou imóvel, com a cabeça
inclinada. Aproximou-se, sentiu que estava morto. Voltou a cozinha,
rapidamente deixou o pernil pronto na forma e colocou no forno.
Voltou tranqüilamente, como se nada tivesse ocorrido, para sala e
disse "Pai, vou à quitanda do Sr. Antonio comprar umas cervejas,
vamos comemorar meu estágio remunerado no Hospital das Clínicas, não
saia, volto logo."
José ganhou a rua, e dirigiu-se a esquina. O Sr. Antonio o conhecia
desde criança, tinha uma quitanda bem sortida. "Boa tarde Seu
Antonio" acenou. "Boa tarde menino! que vai ser hoje?"
Pensou por uns segundos "Amanhã começo um estágio no Hospital, foi
muito difícil conseguir isso e depois do estágio fica mais fácil
fazer residência no mesmo hospital, sabe como é essa coisa de
amizade. Vou levar umas cervejas, para comemorar com meu pai e minha
mãe. Falar nisso o Senhor viu se meu pai chegou? Passou por
aqui?" "Não vi e olha meu rapaz, parabéns, seu pai é sua mãe são
muito orgulhosos de você. Olhe, leve esse vidro de azeitona, esse
salame, e esse queijo para um tira-gosto para acompanhar a
cervejinha, presente meu. Quando eu ficar doente vou querer consulta
grátis" Seu Antonio sempre foi muito bonachão. José agradeceu e ainda
perguntou devagar para que ele escutasse bem se ele não queria ir lá
em sua casa para tomar uma cervejinha o que o quitandeiro prontamente
recusou, pois era sexta e ficaria aberta a quitanda até mais tarde.
Disse de maneira a Seu Antonio ouvir bem outra vez, "Dá-me um pedaço
de mortadela também para eu picar, papai adora isso. Nossa Seu
Antonio, quase quarenta minutos estou aqui, papai deve estar
esperando, até mais!"
José pegou a sacola de cerveja e a outra sacola com os itens que seu
Antonio tinha presenteado, pediu para anotar na conta de sua mãe e
tomou o rumo de casa. Chegando lá não bateu na porta, tinha deixado
aberta. Na sala viu o padrasto de costas, disse "Olá pai, cheguei,
trouxe umas cervejas, foi direto para a cozinha, colocou as cervejas
na geladeira os demais itens na pia e ligou o forno. Quando voltou a
sala comportou-se como se tudo fosse novo. "Papai!" Seu pai estava
inerte sentado no sofá, o jornal espalhado no chão. Examinou-o, e
suspirou.... Morto! Morto!" Chacoalhou o pai, e começou a chorar.
Correu ao telefone e ligou para o comandante do distrito policial
onde seu pai trabalhava. "Comandante Roriz, aqui José Márcio"
"Olá meu rapaz, como está? Tudo bem? Você parece ofegante?"
"Comandante, acabei de chegar em casa, meu pai está aqui na sala,
morto, venha, por favor, venha logo, não sei o que fazer" Disse isso
entre soluços e choros. "Calma, calma, tem certeza? Sim? Calma, já
vou mandar uma viatura, e vou pessoalmente em seguida. Não toque em
nada fique calmo..."
José ficou sentado no sofá, chorando e em exatos dez minutos chegaram
quatro policiais. Joshua conhecia a todos, de muito tempo. Pulou do
sofá e abraçou-os, em choro, um dos rapazes o abraçava, acalmando-o
enquanto os outros examinavam o padrasto. "Sente-se, acalme-se, conte-
nos o que aconteceu"
José Márcio, acalmou-se e começou entre alguns soluços o seu
relato. " Cheguei faz mais ou menos 1 hora, conversei com meu pai, e
ele me pediu para comprar umas cervejas. Hoje iríamos comemorar o
início do meu estágio no Hospital que começa amanhã. Fui na quitanda
do Seu Antonio comprar cervejas, seu Antonio ficou também contente
com a notícia e me presenteou com umas coisas para comemorar com o
papai. Fiquei muito tempo de consversando com ele na quitanda, acho
que uns 40 minutos. Oh meu Deus, se não tivesse demorado tanto....,
cheguei aqui, falei com meu pai, coloquei as coisas na cozinha, só
percebi que estava morto quando voltei para perguntar se queria uma
cerveja..." José Márcio, verdadeiramente, parecia muito abalado.
Pediu para que ligassem para sua mãe avisando, pois ele não tinha
coragem...
José ficou na sala, inerte como em estado de choque. Os policiais
checaram tudo. Ficaram intrigados com o que poderia ter sido usado
para golpear a cabeça do policial. Chamaram mais alguns policiais. O
comandante do distrito chegou também e deu um grande abraço em
Joshua, dizendo sentir muito a perda, dando força e todas essas
coisas que dizem nessas ocasiões. Em seguida chegou sua mãe. Ele
correu e a abraçou demoradamente, chorando. Sua mãe não acreditava,
chorava, mas conseguia manter a calma. Os policiais fizeram
perguntas. Ela prontamente respondeu a tudo. Se, por ventura, sabia
se ele tinha sido ameaçado. Se, notou algo estranho. Pediu para
verificar se faltava alguma coisa na casa, etc...
Procuraram por todos os lugares e cantos algo que pudesse ter servido
como arama do crime. Em vão. Checaram com o Sr. Antonio os horários
que José esteve lá, confirmaram tudo que José os contou etc...
O comandante despediu-se e disse que iria retirar-se para
providenciar com a Associação dos Policiais, um enterro digno para o
amigo e para a família. Não precisariam preocupar-se com nenhum
detalhe. Funerária, custos, etc. A associação encarregar-se-
tudo. Ordenou que dois policiais permanecessem na casa para fazer
companhia à esposa e ao filho. Já que os parentes mais próximos
moravam no interior e somente chegariam pela manhã e também porque
poderiam se surpreendidos pelo assassino ou sabe lá Deus... Despediu-
se da mãe prometendo fazer todo esforço da corporação para encontrar
o bandido que fez aquela barbaridade.
A mãe de José estava sentada conversando com os policiais, quando de
repente levantou-se. Meu Deus José! Policiais, desculpem me. O José
deixou o pernil no forno assando, já ia esquecendo. Nisso chamou o
filho e pediu que a ajudasse. Ela arrumou a mesa e chamou os dois
policiais.
"Preparamos esse pernil para uma comemoração hoje, mas com essa
tristeza toda, nem posso pensar nisso. Tenho certeza que vocês devem
estar famintos. E já passa das onze horas. Gustavo não me perdoaria
se não oferecesse uma refeição a vocês. Por favor, não se preocupem,
vocês são de casa e eram muito amigos do Gustavo"
Os policiais um pouco constrangidos, depois de titubear um pouco
foram para a mesa, e saborearam o pernil, ao lado sentado no outro
sofá, mãe e filhos abraçados. José Márcio podia ouvir a conversa e
cochichos dos policiais.
"Incrível nenhum vestígio. Deve ter sido algum desafeto que saiu da
prisão ou estava para ser preso, algo assim... Corta mais uma fatia
para mim? A perícia não identificou que tipo de arma foi usada. Acho
que o sujeito deve ter levado embora com ele. Isso ta muito bom, mais
um pedaço...por favor, ta muito gostoso, cara vamos acabar comendo
tudo"
José Márcio estava com o rosto no colo da mãe. Seus olhos brilhavam e
seus lábios não escondiam o sorriso de vitória.
Nunca encontraram o assassino e tão pouco a arma do crime.
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