atender. Era o recepcionista informando que meu carro havia chegado
e estava a disposição para quando quisesse partir.
Sempre tive vontade de conhecer a paisagem entre o Egito e Israel.
Queria aproveitar a paz que reinava entre árabes e judeus para fazer
essa viagem, sozinho, sem ter ninguém me atormentando ou
reclamando.
Comprei um BMW novo no Cairo e chequei bem as condições do ar
condicionado, do rádio e toca fitas e apesar de novo mandei a
agência fazer uma revisão, um check up completo. Não queria ter
nenhum transtorno, apesar de que a viagem de 400 quilômetros não era
tão longa assim.
Reuni minha bagagem e preparei uma valise com itens que certamente
iria necessitar na viagem: Uma caixa de Dunhill, duas garrafas de
champagne, um litro de whisky 20 anos, dois pacotes de torradas
francesas e uma lata de caviar. Apesar de saber que só iria dirigir
e parar em algum ponto para lanchar levei também um volume de Oscar
Wilde, Collected Plays by Oscar Wilde. Imprescindíveis lenços de
papel e uma frasqueira com gelo e água mineral.
O carregador veio buscar a bagagem, deixei-o descer primeiro. Não
ficaria bem descer no mesmo elevador que o serviçal. Logo chegou o
outro elevador O administrador e o Maitre du Hotel estavam plantados
à porta para despedirem-se, com o sempre sorriso falso e maneiras
solícitas, as quais odeio.
Estava usando um a calça de linho puro, branca, e uma camisa fina de
algodão. Óculos escuros e um chapéu panamá, genuíno da Colômbia.
Impossível não pensar em um chapéu para aquele o trajeto que faria.
Amarrei a cara e despedi-me dos dois dirigindo-me a saída. O carro
já estava a postos e o motorista da agência me aguardava com o porta
aberta e o porta malas também aberto. Recebi as chaves e cuidei a
forma que o carregador acomodava meus pertences no bagageiro. Dei
uma nota de dez libras para cada um, entrei no carro e segui meu
caminho me perdendo nas ruelas até encontrar a estrada para El
Qantara. Não queria ir por Suez para poder chegar em Israel e logo
pegar o litoral para Tel Aviv e de lá seguir para minha residência
de verão em Kfar Saba. Em outros tempos não faria um caminho tão
próximo a Faixa de Gaza, tinha a certeza que atravessando a
fronteira do Egito com Israel estaria seguro com as patrulhas do
exército israelense no território vizinho.
A cidade foi diminuindo, as casas foram ficando mais distantes umas
das outras. A paisagem começava a ficar desolada, somente formações
rochosas frágeis e areia. Ainda era cedo e a estrada foi ficando
muito esburacada com falhas imensas no asfalto. Aqui e ali
encontrava uma cabana de nômades esfarrapados em camelos mal
tratados, muito diferente da visão hollywoodiana.
Já estava a duas horas de viagem passando aqui e ali por vilarejos
empoeirados, perdidos na imensidão da paisagem insólita do deserto.
Pensei em parar em El Qantara, mas a visão de restaurantes sebentos
e gente feia me impediu de entrar na cidade. Faria uma parada logo
depois para um cálice de vinho e umas torradas com caviar.
O rádio não tinha nada de importante, música só em árabe com aquele
ritmo enfadonho de sempre, a mesmice de sempre. Coloquei uma fita de
com os Concertos de Brandenburgo de Bach e segui acompanhando a
paisagem monótona e pensando na infeliz idéia de viajar de carro
neste fim de mundo, sem nada, só a mesma paisagem, a mesma cor
cinzento amarelado todo o tempo.
No horizonte percebi que tinha uma pequena elevação como uma colina
diminuta. Fui aproximando, e ao chegar estacionei o carro no que um
dia foi acostamento e sai para degustar meu almoço. Ao abrir a porta
senti um bafo quente, como se estivesse abrindo um forno de olaria.
Abri a frasqueira e retirei cuidadosamente uma garrafa de água, na
outra valise abri o pacote de torradas, saquei os talheres e abri a
lata de caviar. A água me refrescou. Enchi uma taça de vinho e dei
uma pequena volta ao redor para ver o que tinha ali. Nada, o
deserto sumia no horizonte e o asfalto terminava logo à frente.
Terminei, meu pequeno lanche e segui viagem. Incrível: Não cruzei
por nenhuma automóvel desde que sai do Cairo. Rodei mais sessenta
quilômetros em direção a Fronteira, apesar de não ter asfalto, a
estrada não estava tão ruim. Deixava um longo rastro de poeira atrás
de mim.
Estava tranqüilo, dirigindo, fazendo meus planos de passar um ano em
minha Vila na Itália, contratar uns modelos de Nova Iorque para me
servir sexualmente. Precisava ligar imediatamente ao chegar para meu
agenciador e escolher os rapazes mais bonitos e certificados. Não
costumo sair sem que a pessoa seja certificada tanto no aspecto de
saúde como a checagem de endereço, família etc... Odeio imprevistos,
falta de higiene, gente mal educada, enfim meu agenciador já sabe de
todas as minhas exigências e ganha muito bem para isso. Prefiro os
garotos Norte-americanos, falam inglês e na maioria são
universitários. O agenciador está ciente que não quero Negros,
morenos, pardos, hispânicos ou mestiços, quero caucasianos.
Uma vez o agenciador sorriu no canto dos lábios quando disse eu que
só queria caucasianos. Fiquei imaginando seu pensamento "Um baixinho
desses, sem graça, com tantas manias e exigências". Não foi
necessário que ele falasse. Apenas perguntei se ele faria como eu
queria ou era necessário que eu procurasse outro agente. Ele
imediatamente recompôs a expressão e recebeu o dinheiro. Faço
questão de pagar adiantado, sempre. Se não for como eu quero eu
perco o dinheiro, mas o sujeito some...
O carro foi perdendo velocidade, eu acelerava e não tinha resposta
do motor, não compreendia o que estava acontecendo. Imediatamente
começou a fazer calor e verifiquei que o ar condicionado não estava
funcionando. Desci os vidros. O ar quente entrou e o carro foi aos
poucos parando, ali naquele fim de mundo...
Sai do carro e olhei em volta, à frente uns 800 metros parecia ser
uma construção, talvez um posto de gasolina, perdido, atrás havia
uma colina que impedia que eu enxergasse mais além. Já tinha tentado
dar partida várias vezes e estava receoso de acabar com o pouco de
carga da bateria. Não abri o caput do motor, porque não adiantaria.
Não entendo nada de mecânica e não saberia o que procurar. Subiu-me
um ódio sem fim do vendedor, do fabricante, enfim de todos que
pudessem ter contribuído com a venda desse automóvel. Comprei-o
novo, fiz um check-up, e mesmo assim estava eu ali, idiota, inerte,
no meio do nada com o carro quebrado. Alguém pagaria por essa
situação...Tomei uma taça de vinho e comi algumas torradas com
caviar. Peguei uma água mineral e fui andando em direção da
construção que ao meu ver parecia um posto de combustível.
Soprava uma brisa forte e quente. Em verdade tinha uma construção de
adobe caiado que um dia fora branco, e uma bomba de gasolina
enferrujada. Um cheiro forte de camelos misturados com o bodum de
cabras e ovelhas. Bati palmas e uns segundos depois um sujeito
aparentando um metro e sessenta com uns noventa quilos, apareceu,
vestido em trapos sujos. Contei o ocorrido. Ele disse se chamar
Aziz e pediu uns minutos pára pegar a caixa de ferramentas e
examinar o carro.
Eu o acompanhei, me dava arrepios, aquele sujeito asqueroso sujar
meu carro sem a menor cerimônia. Depois de uma meia hora, ele chegou
a conclusão que havia uma pane no sistema elétrico. Disse uns nomes
que não compreendi e enfim se comprometeu a ir buscar a peça em El
Qantara, mas antes iria ligar para saber se tinham e sugeriu que eu
retornasse com ele para El Qantara, poderia ficar num hotel até que
tudo resolvesse.
Muito atrevido o sujeito, sugerir o que eu poderia fazer!
Disse a ele que não, eu esperaria no carro. Voltamos ao posto onde
ele iria chamar a loja de peças. Enquanto isso fiquei ponderando o
que fazer. Al Qantara estava a 120 km para trás, já eram 16 hs. Não
daria tempo do sujeito ir lá comprar as peças e voltar antes do
anoitecer. Nisso ouvi um barulho de carro chegando. Era um Rolls,
antigo e em perfeito estado. Saltou dali um sujeito muito bem
trajado em um terno cinza bem cortado, apostava ser um Armani e a
gravata Hèrmes. Tinha 1.80 uns 85 kg, aparentando uns 38 anos,
branco, mas as feições eram de árabe, não tinha dúvidas...
O que um sujeito bonito, tão bem trajado faria num fim de mundo como
aquele? Senti certa simpatia, o homem emanava finesse e fortuna uma
boa combinação, mas ali? No deserto?
Cumprimentou-
imperceptível, disse se chamar Ariel Azir e viva em sua modesta
residência que ficava logo atrás da colina. O sujeitinho gordo
chegou-se e falou com o Arel sobre o ocorrido. De pronto o moço me
convido para passar aquela noite em sua residência. Disse que
ficava lá poucas vezes no ano e seria muito agradável ter
companhia. Certamente, no dia seguinte tudo estaria resolvido com
meu carro e deu ordens ao Aziz para assim que o carro ficar pronto
para levá-lo para sua casa. Convidou-me a entrar em seu Rolls Royce
e fomos até meu carro para buscar meus pertences que seriam úteis
para uma noite na residência do Sr. Ariel.
Passamos de volta pelo posto, Ariel se encarregou de tudo com Aziz e
pediu desculpas pela aparência do árabe gordo e relaxado, como se
tivesse alguma culpa por isso. Atrás da colina entramos numa estrada
calçada com pedras irregulares, mas muito bem compactadas, era
inacreditável a mudança de paisagem, a estrada estava ladeada por
oliveiras e dos lados se via campos verdes e floridos como se fosse
um oásis, ao fim da estrada, chegamos ao portão de uma mansão de
dois andares em estilo vitoriano, construção sólida, um pouco
destoante da paisagem, mas de muito bom gosto.
Contou-me no caminho, que todos os anos passava um mês naquela
propriedade. Vivia em Mônaco, onde administrava vários
empreendimentos, desde petróleo e derivados a produtos farmacêuticos
por todos os continentes.
Estudou em Oxford na Inglaterra e no MIT em Boston, EEUU. Estava
muito feliz de poder receber-me em sua humilde casa, coisa muito
rara nos últimos anos, já que ninguém se aventurava por aquela
região. Muito educadamente não questionou o que eu estava fazendo
ali. Por isso, expliquei-lhe que era uma curiosidade de infância.,
blá, blá, bla.
Ele me ouviu com muita atenção e parecia que seu pensamento estava
distante, no passado, relembrando coisas há muito perdidas no
tempo. Confesso que comecei a sentir um pouco de simpatia por ele e
aos poucos comecei a notar que estava gostando dele, de suas maneira
finas, entretanto, firmes. De sua educação aplicada sem ser afetada.
De sua maneira gentil sem ser afeminada. Odeio gente afeminada...
Sentia certa atração... Acho que foi a Lei do Retorno já que há
muito menosprezava estrangeiros, principalmente em se tratando de
sexo, sempre fui muito rigoroso e soberbo nesse tema. Mas Ariel
tinha um charme, alguma coisa muito incomum, um certo mistério que
atraia e traia minha vontade e minha libido. Olhei para suas mãos,
eram fortes, másculas e bem cuidadas. Outra vez, de soslaio, olhei
para o rosto de Ariel, de derepente senti algo como un dejavu,
conhecia aquele rosto de algum lugar! Discretamente observei seu
baixo ventre e notei que tinha algo bem substancial ali dentro da
calça. Dissipei esses pensamentos quando Ariel parou o carro e
imediatamente três empregados estavam impecavelmente à postos para
receber-nos.
Enquanto entrávamos na mansão, vasculhava em minha memória, onde
possivelmente já tinha visto aquele rosto.
Ariel deu ordens aos empregados para acomodarem minhas coisas na
suíte de hóspedes frisando que deixassem tudo impecável. Me convidou
a sala para tomar um brandy. Um esplendor de sala, lustres de
cristais da checoeslováquia davam oum toque extraordinário a
decoração austera mas de bom gosto. Móveis em mogno encerado em
estilo clássico restituiam a imponência das paredes em tom pêssego
opaco. Ariel convidou-me a sentar enquanto os empregados arrumavam
tudo, desculpando-
conseguia encontrar uma imagem de onde poderia ter visto aquele
rosto e também não queria insurgir com a indelicadeza de perguntar.
Estava contando a Ariel que iria a Nova Iorque, logo que chegasse a
Israel, quando um jovem em roupas de equitação entrou pela porta
principal. Era uma cópia quase perfeita de Ariel, diferenciando
apenas o tempo. O Jovem era lindo, um verdadeiro Adonis, pele branca
um pouco ruborizada e neste momento então veio a lembrança. Eu
conhecia o jovem e não ao pai. Tratava-se Nahed Azir Von
Lichenstein, campeão mundial de esgrima,. Tinha absoluta certeza
disso, pois un dos meus "garotos" protegidos, frequentava a Real
Academia de Esgrima no The Royal Society of English Sports, custeado
por mim, é claro, e esse garoto, tinha uma foto do campeão mundial
em seu apartamento.
O rapaz entrou apressadamente e ao deparar conosco, pediu desculpas
ao pai, dizendo não saber que tinha visita. Ariel apresentou-o como
filho, cumprimentei ao tempo em que parabenizei pelo troféu do
último campeonato mundial. O jovem me impressionou pela beleza,
pelos gestos, e pela dicção perfeita com um leve acento de Oxford.
Agradeceu e pediu licença para trocar-se e juntar-se a nós na
sequencia.
Perguntei se havia uma Senhora Azir e Ariel respondeu que
infelizmente, sua esposa, havia falecido a três anos, era sueca de
descendência nobre da Coroa Sueca. Entendi, portanto a cor da pele
do rapaz. Não conseguia controlar ainda o sentimento de adminiração
que senti pelo rapaz, e não conseguia controlar o mesmo sentimento
com relação ao pai do rapaz... Geralmente não me comportava assim,
mas a situação era inusitada, para mim que sempre programava minhas
ações, estava completamente intranquilo com essa fraqueza.
Ariel ao sinal do Criado, pediu-me para acompanhr o lacaio até a
suite, pediu muito gentilmente que eu me acomodasse bem e
descansasse. As oito e trinta estaria no salão para um drink e uma
volta pelo jardim antes do jantar.
O lacaio me conduziu ao segundo andar, e no corredor logo à direita
da escada levou-me a segunda porta. Pediu que eu o informasse de
qualquer necessidade. Era só pressionar a sineta ao lado da cama.
Pelo biotipo e sotaque, o criado era alemão Oriental, aparentava 35
anos, forte alto, loiro, olhos cinza, e o uniforme certamente
escondia um físico vigoroso. Mas nada comparado a Ariel e ao seu
filho.
A suite estava impecavel, limpa ao extremo, um leve perfume oriental
pairava no ar. Cortinas lindas cobriam a visão do jardim imenso e
caro para ser mantido naquele clima. A cama king-size, macia e
arrumada de maneira irreprensível lembrava-me a cama doa suíte real
do Astorg em Bruxelas.
Abri a torneira da banheira deixando a água numa temperatura tépida,
e utilizei os sais que estavam numa mesinha ao lado arrumados de
maneira elegante, como se esperassem por alguém utilizá-los.
Enquanto a água jorrava, explorei os detalhes da suite, muito bem
decorada e com um incrível Monet legítimo na parede em frente à
cama. Um Monet numa suíte de hóspedes, que singular. No closet
imenso, roupas sport, ternos, sapatos, roupas de baixo,
incrivelmente do meu manequim. Alguns produtos de higiene pessoal,
água de colonia, barbeadores, não faltava nada.
Tomei um demorado banho, fumando um Dunhill, e em devaneio,
acompanhava a fumaça seguir o caminho do exaustor no teto.
Fiz toda a higiene pessoal e vesti-me com um roupão felpudo, macio e
cheiroso, deitei-me um pouco e folheei algumas páginas do livro que
estava na cabeceira, The Crown and Other Stories by Edgar Allan Poe.
Que estranho, um livro desses, como cabeceira... Engano, ou alguém
inadvertidamente colocou ali... Adormeci...
Foi um soninho, na verdade, sem sonhos. Acordei completamente
atônito, sem saber exatamente onde estava. Segundos depois já me
localizava, outra vez. Vesti-me não muito formal para jantar e nem
demasiado informal para o drink e o passeio pelo jardim, o qual fora
com vidado por Ariel.
Desci as escadas e lá estavam os dois, pai e filho. À distância
pareciam irmãos gêmeos. Aproximei dos dois e Ariel já me alcançava
um brandy. Nahed me cumprimentou cominclinando a cabeça e senti um
sorriso nos cantos dos lábios. Ariel com um certo brilho excitante
no olhar. Será? Senti que os dois estavam me cortejando. Ariel
apertou minha mão demoradamente, não largou enquanto não terminou a
frase, explicando que tinha uns papéis para revisar e Nahed iria me
fazer companhia e mostrar o jardim e a casa, enfim ser o meu
anfitrião até o jantar. Tive a impressão que ele apertava minha mão
de forma diferente. Uma mão morna e macia e ao mesmo tempo forte,
máscula. Senti um arrepio de excitação, só com isso. Imagine tê-lo
na cama. A formalidade da ocasião, impedia qualquer outro comentário
mais apimentado, acerca de mulheres, sexo ou coisa que o valha.
Soltou minha mão e Nahed por sua vez me pegou pelo braço, no sentido
de conduzir-me ao jardim. Também notei que a pressão que fazia em
meu braço era distinta, como se de maneira involuntária estivesse
massagendo meu braço sob a roupa. Discretamente olhei o conjunto da
figura do rapaz. Incrivelmente belo. Sua calça beje de tecido fino
delineava um volume que colocava o seu pênis em auto relevo, tive a
impressão que ele estava excitado. Foi só impressão, conforme
andamos pude notar que não tinha a consistencia dura, e sim macia,
portanto não estava excitado. Se não estava, então quando excitasse
que tamanho teria aquele instrumento? O conjunto da beleza do rapaz
dispensava exageros, mas se assim era, que feliz seria sua namorada
e digo namorada porque não imaginava outra coisa a não ser os dois
serem tradicionalmente éteros.
Passeamos pelo belíssimo jardim e Nahed me explicava que aquele casa
tinha sido um capricho do avô, que há tempos morrera mas que fez
questão de constrir um palácio como aquele no lugar onde tinha
nascido. A propriedade era imensa. Tirante a casa o jardim e um
pequeno pormar e uma área de criação de pequenos animais o restante
era puro deserto qua guardava nas profundezas um imenso campo de
petróleo que seu pai iria explorar somente na última crise da OPEP.
Guardava esse campo para tempos difíceis e quando a carência
transformasse o petróleo em produto à peso de ouro.
Em determinado momento, colocou sua mão sobre meu ombro e apontou
para mim a imensidão do deserto, senti outra vez que o toque de sua
mão era diferente, como que um chamamento esperando uma resposta.
Uma resposta que eu não sabia dar. Não tinha traquejo para esse tipo
de situação. Sempre paguei para meu prazer e sempre me horrorizei
com envolvimentos. Mas ali, aquele rapaz, tudo era como em outro
mundo, um mundo onde eu não tinha a menor idéia de como comportar-me
adequadamente. Meia hora de passeio foi suficiente para que Nahed
mostrasse itens interessantes do jardim e retornamos à mansão. A
temperatura baixava e sentia uma brisa fresca balançando as árvores,
muitas delas, exóticas, ou todas elas exoticas, já que na região não
existia nem gramíneas.
Na antesala, Nahed me indicou uma poltrona confortabilíssima, e me
ofereceu mais um brandy, que aceitei imediatamente. Sentou-se a
minha frente de forma que podia ver desenhado em sua calça o melhor
exemplar de pênis que já tinha visto em toda minha vida. Não
conseguia evitar o olhar de vez em quando tentando fugir da
percepção do meu interlocutor. Contou-me dos seus planos para o
próximo mundial de esgrima, o qual seria seu último, não por
incapacidade física, e sim pela exigência que seu pai fazia em
relação a ele começar a administração da Holding. Não falamos de
mulheres. Discretamente Nahed pressionava seu pau com o cotovelo. Eu
tinha a forte impressão que ele fazia para me provocar.
Ficamos ali bebericando, falando de lugares que visitamos, países,
etc isso durou uns dez minutos até que Ariel sentou-se em outra
poltrona a minha frente e da mesma forma que o filho, expunha um
belo volume em auto relevo para eu admirar. Parecia uma
conspiração. Ariel pediu descujlpas pelo inconveniente de não estar
junto conosco, mas que em vinte minutos iria mandar servir o jantar
e se isso estava bom para mim. Claro que não contestei, so
concordei. Contei um pouco dos meus empreendimentos, da minha rede
de revendedora de equipamentos superpesados, e dos estaleiros que
tinha em Creta. Ariel se interessou pelo assunto e gentilmente me
forneceu um cartão. Disse que um representante seu iria me
contactar em Nova York para tratar de negócios. Ele estava querendo
fechar uma carga de um supernavio para levar equipamentos e partes
metálicas de uma ponte na América do Sul, em Buenos Aires, numa
ligação Montevideo-Buenos Aires por auto estrada sob o mar. Recebi o
cartão e concordei em receber seu representante em quinze dias,
quando teria todo o levantamento de disponibilidade de um
supercargueiro. Conversamos amenidades até que o Valete nos veio
comunicar que o jantar estava pronto para ser servido.
À mesa foi servida uma entrada exótica que não imagino o que seja e
tão pouco perguntei. O prato principal foi cordeioro ao vinho e
salada plissé, legumes e chitake com um bom molho de cogumelos do
sol. Vinho de primeiríssima e um cheese cake divino na sobremesa.
Quase não falamos no jantar, apenas elogiei o Cheff e Ariel pediu ao
Valete que o trouxesse para apresentar-me. Tratava de M. Volois,
Cheff famoso na Europa, mas muitoi esnobe e afetado para meu gosto.
Cumpriomentei com formalidade e elogiei sua comida. O antipático,
com ar de esnobe , apenas inclinou a cabeça, de forma afetadíssima e
retirou-se.
Deixamos a mesa e fomos a sala de fumar. Ariel me ofereceu um licor,
outro para Nahed e ofereceu um cubano, o qual declinei para fumar
outro Dunhill. Que pecado, cometava ele, trocar um Cubano por um
cigarro! Contei a ele minha antipatia por charutos e tudo que se
referisse a Cuba. Bom, cada um com suas loucuras, disse isso com um
sorriso malicioso no canto da boca.
Ariel me contou que enquanto eu descansava, ele providenciou a vinda
da peça do meu carro e ordenou a vinda imediata de um mecânico do
Cairo, que certamente iria trabalhar desde o momento que chgasse e
não importava o momento, para o carro estar pronto pela manhã. Não
que ele quisesse que eu partisse, mas pelo que tínamos conversado,
sabia dos meus compromissos. E também, logo estariamos nos vendo em
outra oportunidade, em negócios. Ariel fez intenção de recolher ao
seu aposento e ia chamar um dos lacaios para conduzir-me a minha
suíte quando Nahed interrompeu e disse que iria conduzir-me
pessoalmente. Agradeci a gentileza, já estava tarde e fiz intenção
de então retirar-me e Nahed me acompanhou gentilmente as escadas e
até a porta do meu aposento. Despediu-se dando boa noite e outra vez
senti sua mão pressionar suavemente meu ombro.
Pensei em travar minha porta, mas sentindo alguma esperança de ter
um dos dois desisti e a mantive destravada.
Após despir-me e após outra ducha deitei-me cobrindo apenas com um
lençol fino o meu corpo completamente desnudo. O silêncio era
total, podia ouvi-lo. Fechei a cortina e desliguei a luz de
cabeceira. Dormi como um anjo.
Acordei na escuridão sentindo um arrepio, fiquei um tempo
paralisado, alguém, um homem, estava sobre mim, lambendo minhas
costas, bem ao centro, na coluna, uma sensação gostosa me fazia
arrepiar, permaneci como se dormindo estivesse, só sentindo aquela
língua trabalhar, deslizando suavemente em minhas costas, foi
descendo até minhas nádegas e entrava assanhadamente em meu ânus.
Nunca tinha sentido tamanha sensação – as mãos abriam minhas nádegas
e eu completamente relaxado permitia a entrada da língua em meu cu.
Que língua vigorosa, tão vigorosa e estranhamente quente que sentia
ela entrando toda como um falo em meu rabo, macia e suculenta. Senti
o cheiro do perfume discreto do Nahed, era ele! Mas recordei-me que
Ariel usava também o mesmo perfume! Será? Qual dos dois estava ali
trabalhando com aquela língua deliciosa fudendo meu cu?
Virou-me de frente e com a escuridão, não sabia distinguir qual dos
dois estava ali. Tentei esticar os braços para acender o abat-jour
mas ele me impediu segurando minha mão.. Beijou-me demoradamente e
eu retribui abraçando-o e correspondendo seu beijo. Descia a lingua
até meu pescoço e de lá até meus mamilos para mordiscá-los. Sentia
seu pau esfregando por meu corpo, estava enorme e pulsante. Virou-se
para fazer um 69 quando engoli aquele cacete quente, febril e duro,
palpitando em mina boca num vai e vem quase encostando em minha
garganta e deixando-me sem ar. Mamava minha pica magistralmente
tambem, engolia as duas bolas de uma só vez ao tempo que massageava
deliciosamente meu esfíncter com dois dedos. Me colocou de frango
assado, mas de forma que meu cu ficou apontando para o teto e de
costas para mim meteu toda a rola sem dó, sentia meu cu alargar até
o limite de fissurar mas o prazer intenso não permitia que eu
deixase de sentir aquele taco de músculo pulsante dentro de mim.
Sentia o calor do pau dentro do meu rabo era gostoso um calor
febril, era como se ele estivesse em brasa, nas estocadas mais
suaves diferenciava a proporção da cabeça do pau em relação ao
restante até enterrar tudo e sentir suas bolas baterem em minha
bunda, me contorci para agarrá-lo pela cintura e lamber seu cu
enquanto entochava aquela monstruosidade em meu rabo. Sentia dor, e
olha que estava acostumado com meus garotos dotados e escolhidos a
dedo, senti que ele iria explodir sua porra dentro de mim, mas ele
tirou o pau e deixou a cabeça apontando para a cratera que ele
transformou meu cu e senti os jatos de porra, fortes e quentes
entrando em meu rabo e escorrendo para fora. Depois de esgotar tudo
como numa ordenha ele ainda meteu um pouco mais até retirar o membro
ainda grande, porém flácido. Deitou-se ao meu lado e por mais que
minha visão tenha acostumado-se a escuridão, ainda não distinguia
qual dos dois poderia ser – pai ou filho. Tentei falar algo, mas ele
interrompeu com a mão em minha boca como que suplicando silêncio.
Coloquei minha cabeça em seu peito peludo e mamava suas tetas
segurando seu pau até sentir sinais de reanimação. Não tinha coragem
suficiente para olhar de perto aquele instrumento de prazer, mas
sentia que mesmo meio flácido mal fechava minhas mãos para segurá-
lo. Ele reanimou-se, e virou-se de frente para mim em outro 69,
engoli sua pica ainda um pouco flácida, era uma experiência
deliciosa ter toda aquela geba em minha boca, mas aos poucos,
conforme endurecia fastava-me da base ficando somente com a cabela
entre céu da boca e a língua, nisso senti que ele pegou algo no
tapete ao lado da cama. Senti massagear meu rabo com um creme e em
seguida senti que ele introduzia um membro artificial descomunal em
meu cú, tentei segurá-lo e conquistei. Era um consolo em formato de
pênis pela espessura devia ter o diâmetro duas vezes maior que o pau
dele. Era feito, e senti pelo tato, de uma borracha macia, mas mesmo
assim me apavorei. Ele tinha prendido meus ombros com suas pernas,
me deixando imobilizado. Com um braço segurava minhas costas e
comprimia minha perna direita e com a outra mão exercitava a entrada
do consolo em meu cu besuntado não sei de que. Ele fazia movimentos
com o tórax que movimentava meu pau de tal forma como se eu
estivesse esfregando-me. Forçava o consolo, sentia que iria me
arrebentar, eu com quase todo o pau dele em minha boca quase não
respirava, mas sentia a loucura do prazer e a dor imensa daquele
momento. Resolvi não impor resistência, seria um sofrimento menor.
Ele percebeu e forçou mais ainda a entrada do consolo até que entrou
rasgando meu rabo adentro. Não acreditava, o anelzinho que um dia
fora anelzinho devia estar esticado até o ponto de arrebentar. Ele
puxava o consolo e empurrrava outra vez. Ele tinha a visão do que
estava fazendo e assim, eu vendo estrelas e ele vendo aquela tora
romper meu cu, gozou em minha boca, ainda jatos fartos de porra que
parcialmente engoli, com meu pau comprimindo em seu peito peludo e
os movimentos que ele produziu, gozei imediatamente, meu cu
tentatava piscar quando eu gozava, mas o consolo imenso impedia
isso. Ele devagarzinho foi retirando o consolo, senti uma sensação
de vazio e pensava que de agora em diante teria que procurar somente
rapazes ultra bem dotados. Sentia uma dor fina no rabo e imaginava a
cratera em que tinha se convertido. Ele outra vez pegou algo no chao
e besuntou quase com a mão as paredes no meu cu, comecei a sentir
um alívio imediato. Era, certamente algum tipo de anestésico. Fiquei
ali na cama deitado, inerte e vulnerável depois da melhor
experiência de minha vida. Ele levantou-se, ainda de costas recolheu
seus objetos e saiu da suite.
Adormeci outra vez.
Acordei cedo, sentindo o cheiro de sexo no ar misturado com o
perfume do Nahed ou do Ariel. Quem seria? Pensei em descobrir esse
mistério no café da manhã, tinha que haver um sinal de algum deles.
Levantei-me sentindo um desconforto imenso no rabo. Notei que no
tapete persa ao lado da cama havia um tubo, verifiquei tratar-se de
anestésico local. Deixou lá propositadamente para eu me aliviar.
Tomei uma ducha demorada, fazendo uma toalete completa. Me vesti com
roupas claras e leves e desci para o café, encontrando o valete no
caminho que estava dirigindo-se a minha suite para avisar do café.
Pai e filho estavam na ante sala sentados confortavelmente nas
poltronas francesas, o pai lia o Times e o filho The Economist,
ambos interromperam a leitura com minha chegada. Imediatamente
chegou um lacaio com um suco de laranja e um café. Aceitei só o suco.
Ariel e Nahed me covidaram simultaneamente à mesa de café numa
espécie de varanda envidraçada, com pequenas venezianas para
passagem de ar. O jardim florido com papoulas e azaleias dava um tom
primaveril naquele ambiente. O sol iluminava entre nuvens, de forma
que o ambiente estava perfeitamente iluminado. A mesa era farta,
escolhi pãezinhos de leite com pateé, um suco torradas ovos mexidos.
Nahed tagarelava sobre o próximo mundial de esgrima quando Ariel
interrompeu para me avisar que assim que terminasse o café poderia
despedir-me a hora que achasse melhor. O automóvel já estava pronto,
era só descer a bagagem. Procurava falar ollhando nos olhos de cada
um para ver algum sinal da noite anterior. Sorria maliciosamente
para os dois na tentativa de obter uma resposta. Nada. Nada de
incomum naqueles dois. Isso estava me enlouquecendo e me
desconcertando quando Ariel perguntou. Dormiu bem à noite? Algum
incômodo? Eu fui pego de surpresa com essa pergunta e titubeei a
resposta, sim er bem, sim passei bem, dormi bem. Ariel continuou. Eu
esqueci de peir-le para trancar a porta do quarto quando se
retirasse para dormir. Sim? Disse eu. Porque? Algum perigo? " Não",
respondi. Ai olhei com malícia para Nahed, certamente foi ele. O
que passa, continuou Ariel é que tenho outro filho, Murad, irmão
gêmeo de Nahed. Ele nunca sai durante o dia. Nos viemos aqui, nesta
propriedade somente por ele. Esta com pouco tempo de vida, ainda não
aparenta nada, mas sofre do mais terrível e raro tipo de lepra,
extremamente contagiosa. Como nunca recebemos visitas, durante a
noite deixamos ele vagar pela casa. Por vontade própria ele não sai
do quarto durante o dia, só quando estamos fora. Todos trancam as
portas , inclusive os criados, pois já houve caso de um jovem que
por aqui passou, foi molestado por ele. E inadvertidamente também
foi contaminado com essa terrível enfermidade. Felizmente, nada
aconteceu contigo....
Fiquei olhando as azaléias, tão bonitas, coloridas, sem acreditar
no que estava ouvindo...
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